Olhando para o desconhecido, estou sempre impressionado,
Envolto em uma capa que construi só para o passado,
Que não me protege nem quando olho para o lado.
Ah que bom seria proteger-me do que vem,
Tateando no escuro não vejo o que tem,
Nem sei se estendo a mão, ou me fecho, pois convém.
Fujo, tento me esquivar, mas sempre estou a olhar,
Esse imenso feito mar, vendo sempre o nascer,
Mas quero correr, pois não posso nas mãos ter.
Não, não nos dê hoje o futuro nosso de cada dia
Pois certo seria, que um tropeço assim viria
E preparado, certamente não estaria.