sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O bom abismo do ser



O meu silêncio é o meu diálogo com Deus;
Nas minhas horas, todas oram; Todas pregam o tempo;
Embora passe, como o azul do céu em meio as nuvens brancas, o tempo será.

Enquanto houver silêncio, haverá um só Deus;
E enquanto houver vozes falando, vezes faltando, ah solitude, haverão deuses.
Deuses controversos, mudos e mutáveis, jugos e julgáveis, míseros e miseráveis.

O todo do ser clama por aquietar-se; queixa a deixa do não ser;
Humilha-se na noite escura de uma oração;
Canção que envolve, comove e move o coração de um Deus que quer comunhão.