quinta-feira, 9 de abril de 2009

Na prisão com versos ...


Quando consigo ser eu, já não sou.
És Tu, Eterno em meu querer,
Quando de longe me vejo, no sujo ser que pareço,
Pereço, pois sou e não sou,
Mesmo querendo fugir do apreço do ego.

Refém dos versos, submerso na paisagem da vida,
Tenho minha lida, desejada e perseguida,
Buscar e encontrar-te são desejos infindos,
Refletir sobre teu rosto, fugir do oposto,
Navegar em mares conhecidos, pleitear e ser adorno.

Essa é a busca que de manso vou almejando,
Desejando no seio da tua promessa,
O reencontro, por mais feito teatro,
Sou desejo e sou fraco, embebido no teu abraço,
Nem por isso desisto da lida dos meus traços.

Quero aquietar-me e no devaneio deste mundo
Ir ao profundo de meu ser, pois lá certamente te encontrarei.

2 comentários:

Unknown disse...

Essa obra de Vincent Van Gogh ... eh muitas vezes retrato da nossa alma ... mergulhada em desepero ... pelos problemas do dia-a-dia ... o que me consola eh o "Mistérium" ... que por esse chão vou espreitando a desvendar ... "Aeternus" ...
Na ânsia de aliviar meu e nostrum ego recomendo: "Sede de viver" ... história do genio Vincent Van Gogh ... Abraç(o___ a todos ...

Priscila disse...

Oi Márcio!
Obrigada pela visita ao meu blog; principlamente porque, deixou-me um atalho para o seu.
Parabéns!Amei seus textos e poemas...Esse, por exemplo, tocou-me de maneira especial, pois tenho almejado mais e mais deste Consolador Maravilhoso...
abraço